Carolina Pallermo em seu livro: Sustentabilidade do Habitar, escreve que “na grande maioria das vezes a cozinha é transferida para o fundo da casa e ampliada - em 138% da área original - para a inserção da mesa de refeições, fato observado em todas as casas analizadas”. A cozinha das moradias analizadas na APO, possuíam área de 5,39m², o que não permitia a colocação de uma mesa de jantar. O projeto das moradias da APO também não contemplava um espaço para jantar.
Durante a APO, as duas moradores reclamaram sobre o espaço da cozinha e aspiraram sobre a construção de uma varanda para churrasco. Na primeira casa a entrevistada disse que gostaria de mudar a cozinha para os fundos da casa.
Entendeu-se que a mudança da cozinha para a parte posterior da casa, aspecto também comentado por Pallermo, não estava relacionada com o fato da cozinha ser um espaço não social, mas sim, relacionada com o fato de que a mesma poderia servir de apoio para uma área de lazer, normalmente localizada nos fundos do terreno.
A partir destas informações, decidiu-se projetar uma cozinha maior que teria espaço suficiente para uma mesa de jantar. A cozinha e sala de jantar passariam a compartilhar o mesmo espaço. Buscou-se manter a cozinha na parte frontal da edificação e integrada à sala de estar. A cozinha, neste projeto, é entendida como um espaço no qual a vida familiar e social se desenvolvem. Desta forma, questiona-se aqui, o fato das cozinhas terem tido suas dimensões tão diminuídas com o passar das décadas.
É necessário que a cozinha também esteja localizada próxima a área de churrasco, com o objetivo de evitar que outra cozinha fosse criada para auxiliar esta área.
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